domingo, 5 de maio de 2013

Escultura Românica (A Cultura do Mosteiro-7)



Foi em França que as igrejas românicas começaram a ser decoradas com esculturas embora a palavra “decorar” nos possa induzir em erro.

Tudo o que pertencia à igreja tinha uma função definida e expressava uma ideia precisa relacionada com os ensinamentos da religião. O relevo foi muito usado, frequentemente relacionado com a pintura, ambos totalmente submetidos à arquitectura.

O principal objectivo da escultura era o de passar uma mensagem com funções narrativas e pedagógicas para ensinar os ignorantes que não podiam ler.

O aspecto tosco e rude dos relevos românicos revela uma nova forma de expressão que valoriza a mensagem em detrimento da técnica.

A figura humana era tratada com pouco realismo anatómico em cenas sem profundidade cuja composição se relacionava com o espaço arquitectónico que lhe servia de suporte. As figuras “encaixavam-se” uma nas outras e o conjunto adaptava-se ao suporte.

Os temas eram essencialmente religiosos mas também há muitos exemplos de representações de cenas do quotidiano ou de estranhos monstros.

Originalmente os relevos no interior das igrejas eram pintados.
Trata-se de uma arte extraordinariamente inventiva e movimentada, repleta de significado.

O relevo românico tinha uma função específica (relatar histórias) que cumpria com grande eficácia.


Na estatuária (imagens de vulto redondo) mantêm-se as principais caraterísticas verificadas no relevo. Destaca-se o tema da Virgem com o Menino.

Eram objectos de veneração concretizados em composições simples e esquemáticas.
Concebidas em função de um plano mural onde, normalmente, estavam encostadas, eram trabalhadas, principalmente, a frente e os lados da imagem.
A Virgem representa O Trono de Deus.

Texto construído a partir de E. H. Gombrich e do manual da Porto Editora

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