Foi em França que as igrejas românicas começaram a ser decoradas com esculturas embora a palavra “decorar” nos possa induzir em erro.
Tudo o que pertencia à igreja tinha uma função definida e expressava
uma ideia precisa relacionada com os ensinamentos da religião. O relevo foi
muito usado, frequentemente relacionado com a pintura, ambos totalmente
submetidos à arquitectura.
O principal objectivo da escultura era o de passar uma
mensagem com funções narrativas e pedagógicas para ensinar os ignorantes
que não podiam ler.
O aspecto tosco e rude dos relevos românicos revela uma nova
forma de expressão que valoriza a mensagem em detrimento da técnica.
A figura humana era tratada com pouco realismo anatómico em
cenas sem profundidade cuja composição se relacionava com o espaço
arquitectónico que lhe servia de suporte. As figuras “encaixavam-se” uma nas
outras e o conjunto adaptava-se ao suporte.
Os temas eram essencialmente religiosos mas também há muitos
exemplos de representações de cenas do quotidiano ou de estranhos monstros.
Originalmente os relevos no interior das igrejas eram
pintados.
Trata-se de uma arte extraordinariamente inventiva e
movimentada, repleta de significado.
O relevo românico tinha uma função específica (relatar
histórias) que cumpria com grande eficácia.
Na estatuária (imagens de vulto redondo) mantêm-se as
principais caraterísticas verificadas no relevo. Destaca-se o tema da Virgem
com o Menino.
Eram objectos de veneração concretizados em composições
simples e esquemáticas.
Concebidas em função de um plano mural onde, normalmente,
estavam encostadas, eram trabalhadas, principalmente, a frente e os lados da
imagem.
A Virgem representa O Trono de Deus.
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