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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
O Teatro na Roma Antiga - 2 (módulo 2)
A produção teatral popular pode resumir-se em 3 géneros principais: a atelana (teatro popular muito apreciado na Roma antiga. O nome deriva de Atela, cidade dos Oscos), o fescenino (Significado de Fescenino: Obsceno, licencioso, lascivo: poesia fescenina.) e o mimo.
Atelana – Farsa popular na Roma antiga, originalmente feita de
improviso, que se distingue pela presença de personagens-tipo, geralmente
mascaradas: o estúpido Maccus, o avarento Baccus, o parasita
Dossenus, etc.
Estas personagens nunca variam ao longo de infinitas aventuras, como
numa série de televisão.
Fescenino – foi menos duradouro do que as atelanas sobretudo
pela sua temática política e a
tendência a incluir elementos de sátira
pessoal. A base da narrativa seria a poesia grosseira e obscena que os
romanos importaram de Fescénia, cidade da Etrúria.
Mimo - temática
extremamente vulgar, quotidiana, citadina. Os actores representavam de
cara descoberta, sem máscara. O mimo tornou-se a forma teatral
preferida do povo romano. O público via-se reflectido, no actor sem máscara,
como se olhasse um espelho.
A representação mímica foi
evoluindo . Terá tido uma estrutura dramática frágil e provavelmente
passou de uma série de cenas cómicas, sem aparente relação entre si, para um
espectáculo de variedades, incluindo canções, danças e striptease. Mas foi
sempre dominado pela figura do actor-personagem.
Reflexão final
Um facto importante do ponto de vista histórico é que a ideia de teatro,
em Roma, vai-se transformando e o espectáculo teatral passa a fazer parte do
dia-a-dia.
Já não é exclusivamente associado a festividades religiosas ou ao
debate civil e político, o teatro transforma-se
em divertimento ou, como hoje dizemos, numa
forma de lazer.
Assim, o teatro deixa de ser entendido apenas como instrumento cultural
(de alta cultura, clássico) e passa a ser oferecido à plebe da mesma forma que
os jogos desportivos e as lutas de gladiadores (cultura popular).
domingo, 18 de janeiro de 2015
O Teatro na Roma Antiga - 1 (módulo 2)
O público grego, quando assistia à representação de tragédias
presenciava a reelaboração de mitos e histórias que constituíam o núcleo
central da sua própria Cultura.
Em Roma, a herança desta tradição teatral, torna-se um tanto estranha
para os cidadãos romanos. Só um público restrito, formado pelas elites
culturais romanas, estava apto a compreender e interpretar as complexas questões
dos deuses e heróis gregos.
Passa a existir uma cultura de origem grega, para as classes
privilegiadas, (cultura erudita ou clássica) e outra para as
classes mais desfavorecidas, que adapta os temas herdados da Grécia (baixa
cultura ou cultura popular).
O teatro romano é, talvez, o primeiro exemplo desta divisão cultural
que subsiste até aos nossos dias de forma muito vincada.
A literatura aristocrática (alta cultura) podia dirigir-se unicamente ao seu público,
mais restrito. A produção teatral devia destinar-se a um público mais vasto uma
vez que as representações teatrais constituíam um importante divertimento no
quotidiano das populações.
Para conquistar a simpatia das massas populares, a representação
teatral deveria tratar argumentos e ideias que fossem capazes de provocar
emoções nas pessoas mais simples.
Para isso os autores romanos adaptavam os temas clássicos por forma a
torná-los de mais fácil compreensão.
Nesse sentido a tragédia grega foi reelaborada transformando-se num
espectáculo bem mais tenebroso e violento.
Partindo dos modelos helénicos, a máscara dos actores devia ser de
grandes dimensões.
Carantonha disforme, longos cabelos e altos penteados, a estatura
exagerada por coturnos enormes, todo este aparato servia aos actores para compor
as suas personagens.
A personagem foi ganhando um aspecto cada vez mais imponente chegando
mesmo a tornar-se terrível.
As manifestações de dor e de cólera das personagens ultrapassavam com frequência os limites do
decoro, tornando-se atrozes, desenfreadas, assustadoras.
No palco desenrolavam-se, perante o olhar dos espectadores, episódios
violentos, assassínios e suicídios, todo o tipo de atrocidades.
O encenador esforçava-se ao máximo para tornar os episódios cada vez
mais cruéis para agradar ao gosto do macabro característico do povo de Roma.
As personagens faziam rir os espectadores ou então repugnavam-nos.
“Que espectáculo repugnante e terrível é aquele de um homem ataviado de
modo a que a estatura fique desproporcionada, em cima de grandes socas e com
uma máscara que ultrapassa a altura da cabeça e cuja boca está escancarada num
grande bocejo, como se quisesse comer os espectadores. Para não falar dos
chumaços do peito e do ventre que lhe conferem uma corpulência artificial e
disforme”
Descrição de um actor trágico na época
imperial feita por um espectador
Assim, a tragédia deixa de ser exclusivamente uma manifestação de
alta cultura para se transformar em divertimento popular.
O povo mais simples e inculto entretém-se com aquele espectáculo grotesco
havendo até quem desmaie de medo perante aqueles fantoches horrendos em que se
tornaram os actores por baixo das suas
personagens.
Da tragédia irá derivar um novo género de espectáculo que
acaba por se identificar com ela.
Trata-se da pantomima. Um coro ou um cantor cantavam as
passagens mais belas de conhecidas tragédias, enquanto um único actor mascarado
interpretava todas as personagens.
Este actor representava as suas inúmeras mudanças de estado de espírito
e de personagem recorrendo a um intenso e variado repertório gestual.
A atenção do espectador deixa de estar exclusivamente centrada no
conteúdo da mensagem poética oral para se deslocar para a forma como o actor
representa.
Podemos afirmar que na pantomima existe uma tradução literal da
linguagem verbal para uma linguagem gestual.
A comédia teve uma história menos agitada.
A trama girava, normalmente, em torno de complicadas aventuras amorosas
em que servos espertos inventavam imaginativos estratagemas para satisfazer os
desejos de patrões velhos e estroinas.
As máscaras, as perucas e os trajes tinham como função uma
representação tipificada da personagens. Através desses sinais o espectador
percebia imediatamente se a personagem que entrara em cena era um servo ou um
parasita, um sacerdote ou um espertalhão.
A figura central da comédia romana é o jovem. O mote da trama é,
normalmente a sua vontade de satisfazer desejos mais ou menos urgentes.
Esta personagem usava uma máscara de traços delicados sem deformações
cómicas.
O mesmo acontecia com a personagem da jovem.
No entanto as duas personagens entre as quais se dava o principal
confronto, o servo e o velho, tinham traços exageradamente
pronunciados.
ARTE em ROMA - algumas notas soltas (módulo 2)
Solidez
Utilidade
Beleza
Na escultura os romanos foram muito influenciados pelos gregos.
No entanto desenvolveram um carácter próprio, fundando um estilo
original de narrativa nos relevos figurativos e fazendo a arte do retrato
florescer a níveis de realismo e força expressiva nunca vistos.
O espírito prático dos romanos leva-os a dar mais valor ao realismo
emocional do que à representação da perfeição clássica.
É no retrato, normalmente em forma de busto, que os artistas romanos
melhor respondem a este desejo conformidade entre a arte e a realidade.
Depois de um início sob a influência etrusca, a partir do período
republicano os romanos adoptaram influências da arquitectura grega, com
destaque para o modelo do templo grego, tipificado pela fachada com
colunas e sustentando um frontão triangular.
A arquitectura é a arte que melhor expressa o génio romano,
materializando as ideias de
utilidade e grandeza, solidez, poder e força.
Pragmática e funcional, preocupou-se essencialmente com a resolução
dos
aspectos práticos e
funcionais da arte de construir.
Os romanos desenvolveram 3 aspectos essenciais:
Grande variedade e plasticidade dos materiais utilizados;
Criação de novos sistemas construtivos tendo como elemento
principal o arco redondo;
Desenvolvimento das técnicas e dos instrumentos de engenharia.
As construções públicas foram o tipo de arquitectura em que os romanos melhor expressaram o seu engenho técnico e originalidade estrutural.
Era usual que os poderosos, nomeadamente os imperadores, deixassem o
seu nome associado a grandes melhoramentos públicos úteis para o povo e para a qualidade de vida nas
cidades.
Eram construções cada vez mais grandiosas destinadas à vida pública ou
ao lazer e ao divertimento.
Basílicas, anfiteatros, teatros e termas são os exemplos de construções
públicas.
As Basílicas eram edifícios multifuncionais.
Tanto serviam para albergar tribunais e cúrias como podiam funcionar
enquanto termas, mercados ou até como palácios imperiais.
Eram edifícios que se caracterizavam por grandes espaços interiores
cobertos destinados a albergar grandes grupos de pessoas.
Estas construções serviram mais tarde de base à concepção das igrejas
cristãs.
Os anfiteatros foram as construções mais populares da
arquitectura de lazer.
Eram de planta circular ou elíptica, sem cobertura, e erguiam-se à
altura de 3 ou 4 andares.
O mais célebre foi o Anfiteatro Flávio, em Roma, mais conhecido pela
designação de Coliseu devido às suas proporções colossais.
Os teatros eram inspirados nos dos gregos mas erguiam-se nas
cidades.
Octávio César Augusto (módulo 2)
Entre meados do século I a.C. e
meados do século I d.C. foi a época de ouro
da civilização romana. Este período coincidiu em grande parte com o
governo de Octávio César Augusto, o primeiro imperador.
Octávio acumulou poderes:
-o comando dos exércitos
renovado pelo senado de 10 em 10 anos
-o direito de mandar reunir o
senado e de vetar todas as suas decisões
-mais tarde conseguiu o direito
de nomear os senadores
-controlou também o poder
religioso
Todos estes poderes
conferiram-lhe uma autoridade pessoal,
absoluta e de carácter quase
divino dando início ao Culto do Imperador,
factor de propaganda e coesão
política em todo o Império Romano.
Conseguiu ainda o direito de nomear ou designar o sucessor
(um filho ou, na falta deste, um sobrinho, um irmão, um protegido por
adopção…)
Dando origem a que o poder imperial se tornasse dinástico.
A Eneida
O imperador Augusto encomendou a Virgílio a composição de um poema
épico que cantasse a glória e o poder do Império Romano.
Um poema que além de rivalizar com a arte de Homero, cantasse
também, indirectamente, a grandeza de César Augusto.
Virgílio elaborou um trabalho que, além de toda a perfeição formal e
conteúdo poético é, ainda, propaganda política .
Caio Júlio César (módulo 2)
Os 500 anos de existência da República Romana, que precederam o
império, foram marcados por várias guerras civis.
Caio Júlio César
(100 a.C. – 44 a.C.), foi um patrício,
líder militar e político romano. Desempenhou um papel muito
importante na transformação da República Romana
em Império Romano.
Júlio César teve uma complexa carreira política que o levou a ser
nomeado governador de parte da Hispânia e, mais tarde, da Gália, que viria a
conquistar na totalidade
As conquistas de Júlio César na Gália alargaram ainda mais o
enorme poder e domínio de Roma. Este feito militar viria a ter consequências
dramáticas na sua história pessoal bem como na história de toda a
Europa.
Cada vez mais rico e poderoso
Júlio César lutou numa guerra civil contra a facção conservadora
do senado, cujo líder era Pompeu que viria a derrotar.
Com todo o mundo romano sob o seu controlo, César regressou a Roma onde
foi cognominado Pater Patriae, pai da pátria.
Fez-se nomear ditador vitalício e iniciou uma série de
reformas administrativas e económicas em Roma.
Pouco depois, César foi assassinado numa reunião do senado.
Entre os senadores que o mataram contavam-se os seus antigos
protegidos Marco Júnio Bruto e Caio Longino Cássio.
Depois da morte de César, rebentou uma luta pelo poder entre o seu
sobrinho-neto Octaviano (que Júlio César havia adoptado como filho no seu
testamento), e Marco António, antigo aliado de César, que viria a resultar na
queda da República e na fundação do Império Romano.
Octaviano haveria de tornar-se o primeiro imperador romano.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
Senado e República (módulo 2)
Através de um golpe de Estado, os patrícios conseguiram
tomar o poder, criando a República, a res publica, que significa
“coisa pública” em latim.O controle sobre a República não era exercido por
todos os habitantes, mas apenas pelos cidadãos patrícios.
Dessa forma, com o golpe de Estado, o Senado Romano passou
a deter o poder político em Roma até o final da República, em 27 a.C.
A República Romana teve início em 509 a.C. a partir
de uma revolta dos patrícios que tirou do poder a monarquia etrusca.
Durante o período republicano, Roma transformou-se de
simples cidade-estado num grande império, voltando-se inicialmente para a
conquista da península Itálica e mais tarde para a Gália e
todo o mundo da orla do mar Mediterrâneo.
O Senado ganhou grande poder político. Os senadores,
de origem patrícia, cuidavam das finanças, da administração pública e da
política externa. As atividades executivas eram exercidas pelos cônsules e
pelos tribunos da plebe.
Esta fase da história romana vai até ao estabelecimento do
Império em 27 a.C.
O Senado tornou-se a mais alta autoridade
do Estado.
Os senadores exerciam
o seu cargo que continuava a ter carácter vitalício.
Durante a República, o Senado romano fiscalizava e
controlava:
-a justiça,
-as finanças públicas,
-as questões religiosas
e dirigia a política externa, incluindo a componente militar
O cônsul era o magistrado supremo
na República Romana.
Neste período, os cônsules, em número de dois, eram os mais
importantes magistrados: comandavam o exército, convocavam o Senado,
presidiam aos cultos públicos e, em épocas de "calamidade pública"
(derrotas militares, revoltas dos plebeus ou catástrofes), indicavam
o ditador que teria poderes absolutos por seis meses.
O ditador teria de ser aceite pelos membros do Senado.
Durante os primeiros dois séculos de sua existência, a
república expandiu-se através de uma combinação de conquista e aliança, da
Itália central para a península Itálica inteira.
No século seguinte, incluía parte do Norte da África e
da Península Ibérica, Grécia, e do território que é hoje a França.
Mais tarde, no período de maior extensão do Império, viria a
incluir grande parte do próximo e Médio Oriente, extensões significativas na
Europa Central e do Norte e ainda a Britânia.
O Senado e a Monarquia (Módulo 2)
Durante a Monarquia Romana (séculos VIII a VI a.C.), quando
foi formado, o Senado tinha como função principal debater os assuntos
públicos que interessavam aos habitantes da cidade.
Apesar do rei no período monárquico acumular as funções
executiva, judicial e religiosa, era o Senado que tinha o poder de impor
alguns limites ao poder régio, podendo vetar ou aprovar as leis apresentadas
mas funcionava, principalmente, na qualidade de órgão de poder consultivo.
Principais poderes do rei durante a monarquia romana:
- Governo vitalício;
- O rei era considerado pelo povo como uma espécie de
mediador dos deuses. Portanto, possuía autoridade religiosa;
- O rei também era o chefe judicial, detendo poderes
absolutos sobre as leis;
- Na monarquia romana havia também o Senado e a Cúria, porém
com poucos poderes políticos em comparação com os poderes reais;
- O monarca mantinha poderes militares, era o comandante
supremo dos exércitos;
- O rei tinha também o poder de escolher e nomear os
titulares dos cargos públicos.
O último rei de Roma foi Tarquínio, o Soberbo (534
a.C.-509 a.C.) que, por pretender reduzir a importância do senado na vida
política romana, acabou expulso da cidade e também assassinado.
Através de um golpe de Estado, os patrícios conseguiram
tomar o poder, criando a República, a res publica, que significa
“coisa pública” em latim.
O Senado (módulo 2)
O Senado romano (em latim: senatus)
foi a mais importante assembleia política da Roma antiga.
No início, durante a monarquia, a origem dos senadores
(vitalícios) dependia da sua riqueza e estatuto social.
O recrutamento era
feito entre os patrícios (nobres de linhagem antiga e tradicional
em Roma, proprietários de terras); depois
de 400 a. C., em pleno período republicano, passou a ser possível aos plebeus
(comerciantes, artesãos e pequenos proprietários), em condições especiais,
integrarem o Senado.
O Senado Romano era um conselho de
anciãos formado pelos chefes dos clãs que habitavam a cidade de Roma.
Os clãs eram grupos de pessoas unidos por laços de parentesco, mas continham
também escravos e clientes.
Estes últimos eram homens livres que viviam da prestação de
serviços a esses clãs, obtendo deles protecção.
A pessoa mais velha desses clãs, o ancião,
ou pater-famílias, era a pessoa que detinha a autoridade
dentro dos clãs, controlando a propriedade familiar, incluindo os escravos. O
ancião de cada clã era o escolhido para ser seu representante no Senado.
O termo latino senatus é derivado de senex,
que significa "homem velho". Portanto, senado significa,
literalmente, "conselho de anciãos".
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