A produção teatral popular pode resumir-se em 3 géneros principais: a atelana (teatro popular muito apreciado na Roma antiga. O nome deriva de Atela, cidade dos Oscos), o fescenino (Significado de Fescenino: Obsceno, licencioso, lascivo: poesia fescenina.) e o mimo.
Atelana – Farsa popular na Roma antiga, originalmente feita de
improviso, que se distingue pela presença de personagens-tipo, geralmente
mascaradas: o estúpido Maccus, o avarento Baccus, o parasita
Dossenus, etc.
Estas personagens nunca variam ao longo de infinitas aventuras, como
numa série de televisão.
Fescenino – foi menos duradouro do que as atelanas sobretudo
pela sua temática política e a
tendência a incluir elementos de sátira
pessoal. A base da narrativa seria a poesia grosseira e obscena que os
romanos importaram de Fescénia, cidade da Etrúria.
Mimo - temática
extremamente vulgar, quotidiana, citadina. Os actores representavam de
cara descoberta, sem máscara. O mimo tornou-se a forma teatral
preferida do povo romano. O público via-se reflectido, no actor sem máscara,
como se olhasse um espelho.
A representação mímica foi
evoluindo . Terá tido uma estrutura dramática frágil e provavelmente
passou de uma série de cenas cómicas, sem aparente relação entre si, para um
espectáculo de variedades, incluindo canções, danças e striptease. Mas foi
sempre dominado pela figura do actor-personagem.
Reflexão final
Um facto importante do ponto de vista histórico é que a ideia de teatro,
em Roma, vai-se transformando e o espectáculo teatral passa a fazer parte do
dia-a-dia.
Já não é exclusivamente associado a festividades religiosas ou ao
debate civil e político, o teatro transforma-se
em divertimento ou, como hoje dizemos, numa
forma de lazer.
Assim, o teatro deixa de ser entendido apenas como instrumento cultural
(de alta cultura, clássico) e passa a ser oferecido à plebe da mesma forma que
os jogos desportivos e as lutas de gladiadores (cultura popular).
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