quarta-feira, 6 de março de 2013

Ficha de trabalho


Curso Profissional de Animação 2D3D
História da Cultura e das Artes – Módulo 2 – A Cultura do Senado
As tuas respostas devem ser registadas numa folha A4 pautada ou quadriculada


1- Explica o que entendes por ROMANIZAÇÃO.
2-Octávio César Augusto foi o 1º Imperador de Roma. Enumera os direitos que Octávio conquistou e fizeram dele um homem extraordinariamente poderoso.

3-Os romanos foram muito inovadores em termos arquitectónicos. Regista os 3 aspectos essenciais que contribuíram para o desenvolvimento da arquitectura romana.
4-As obras públicas foram uma das imagens de marca da civilização romana, contribuindo para a romanização do Império. Enumera as 4 principais tipologias de obras públicas analisadas nas aulas.
5-Na arquitectura privada as diferenças entre classes sociais e poder económico dos cidadãos eram bem visíveis. Quais as principais tipologias deste tipo de arquitectura nas cidades do Império? Caracteriza uma e outra.

6-Explica o que entendes por urbanismo.
7-Os planos de construção de novas cidades (vimos na aula o exemplo de Timgad na Argélia, Norte de África) obedeciam a regras específicas. Regista as principais características do traçado dessas cidades.
8-Partindo da observação da imagem explica quais são, na tua opinião, as principais características da escultura romana.

9-Qual foi a técnica mais usual utilizada na pintura mural pelos artistas romanos?
10-“Os Retratos de Fayum são exemplos espectaculares da estética romana.”
Concordas com esta afirmação? Justifica a tua resposta.



segunda-feira, 4 de março de 2013

Roma 10 - Pintura


A pintura romana está representada por duas tipologias* diferentes:
a pintura mural e a pintura móvel.
*Significado de Tipologia
s.f. (…)
Estudo dos traços característicos de um conjunto de dados, visando a determinar tipos, sistemas: uma tipologia dos métodos de pintura, uma tipologia dos comportamentos dos alunos em função dos horários das aulas.

A pintura mural, geralmente executada  a fresco, revestia as paredes interiores dos edifícios com a finalidade de os tornar mais aprazíveis*.
*Significado de Aprazível
adj. Que apraz, agradável, alegre: quarto aprazível.

Muito do que hoje sabemos sobre a pintura romana deve-se a uma tragédia natural. Quando o vulcão Vesúvio entrou em erupção no ano 79 d.C. soterrou duas prósperas cidades, Pompeia e Herculano.
Grande parte da população pereceu, mas as edificações foram parcialmente preservadas sob as cinzas e a lava endurecida, e com elas as suas pinturas murais decorativas. 
Esse conjunto de obras é apenas uma fracção mínima da grande quantidade de pintura produzida em todo o território romano no curso de sua longa história.
A pintura móvel, realizada a encáustica ou a têmpera, era executada sobre painéis de madeira.

Os retratos das múmias de Fayum são exemplos espectaculares da estética romana e do seu gosto pela representação naturalista.
Juntamente com os frescos de Pompeia e Herculano, estes retratos são as obras mais bem preservadas da antiguidade.
Pelos retratos é possível observar o modo como as pessoas se penteavam, se vestiam e usavam as jóias.

domingo, 3 de março de 2013

Roma 9 - O retrato


A escultura romana revelou, desde sempre, características realistas
(influências da arte etrusca e do período helenístico, importado da Grécia).
A influência grega é mais marcante a partir do período republicano.
Após a conquista da Grécia verificou-se uma intensa importação de obras escultóricas vindas da nova colónia.

A preferência pelo tipo de expressão do período helenístico estará relacionada com o espírito prático e pragmático dos romanos que dão mais valor ao realismo emocional do que à representação da perfeição clássica.
É no retrato, normalmente em forma de busto, que podemos comprovar a afirmação anterior.

O retrato romano tentava reproduzir o modelo com exactidão.
Estas regras de representação estiveram também ligadas à função religiosa da escultura e ao culto dos antepassados .
Faziam-se máscaras de cera dos defuntos que depois eram conservadas nos altares domésticos.
A partir do século I passaram a ser feitas imagens em mármore.

Porque o Imperador se tornava um Deus após a sua morte, os seus retratos apresentavam-no com um aspecto mais clássico, mais idealizado, divino.
Por isso tinha um ar grave, de modo a ser admirado e respeitado. O Imperador era objecto de culto e a sua imagem deveria chegar a todos os cantos do Império.

Os retratos romanos tornaram-se cada vez mais realistas, de carácter quase fotográfico. 

Roma 8 - Escultura


Estátuas Equestres
Estas estátuas eram colocadas em espaços de grande visibilidade (nas termas, nos fóruns e outros espaços de grande afluência de cidadãos).
Ao longo dos tempos foram desaparecendo  por várias razões e a estátua equestre do Imperador Marco Aurélio foi a única do género a chegar até aos nossos dias.

Ao longo dos séculos muitas estátuas equestres decoraram fóruns, mercados e teatros do Império Romano.
As que não foram destruídas por inimigos políticos em tempos antigos foram recicladas em eras posteriores por pessoas que estavam mais interessadas no metal do que na arte.
Esta estátua sobreviveu intacta porque se acreditava ser o retrato de Constantino, um imperador cristão.

O Imperador enverga o manto de general. O braço direito está esticado, saudando as suas tropas após a vitória numa batalha ou para impor a paz. É uma imagem com uma forte carga simbólica, erigida para vangloriar o chefe, mostrando toda a sua imponência.

O relevo teve fins ornamentais, comemorativos e narrativos ou históricos.
Os seus temas vão desde a História de Roma aos aspectos mais vulgares da vida do quotidiano.
 Crianças brincando com nozes, relevo esculpido em mármore num sarcófago*, séc. III a.C.

Significado de Sarcófago*
s.m. Túmulo onde os antigos encerravam os corpos que não queriam incinerar: sarcófagos egípcios ou romanos.

Um arco do triunfo é um tipo de monumento introduzido pela arquitectura romana originalmente utilizado como um símbolo da vitória em uma determinada batalha. Cada arco do triunfo refere uma batalha e um imperador específicos na história romana e sua memória era celebrada através desta construção. 

Roma 7 - Urbanismo



O urbanismo*

*disciplina relacionada com o estudo, regulação, controle e planeamento da cidade

O planeamento urbano foi uma preocupação do pensamento arquitectónico romano.
A principal preocupação urbanística prendia-se com o traçado das vias principais que atravessavam as cidades, de preferência em linha recta, e no arranjo dos fóruns, centros políticos, religiosos e económicos das urbes* .

*Urbe - s.f. O mesmo que cidade.
  
Na Roma Antiga, o fórum destinava-se às atividades oficiais, mas era também zona de comércio, com lojas e tabernas, servindo igualmente para o cumprimento de certos ritos religiosos, composto por vários templos e santuários que rodeavam a praça.

Pórticos e Basílicas constituíam espaços privilegiados para se tratar de negócios e saber as últimas novidades. Durante o Império, a praça foi sendo ornamentada com arcos do triunfo e colunas comemorando acontecimentos notáveis. A partir do século I a.C., Roma foi engrandecida com outros fóruns, a começar pelos de César e de Augusto. Mais tarde, outros imperadores quiseram também construir novos fóruns, com templos dedicados aos seus protectores divinos, estátuas equestres e bibliotecas.

Menos monumentais mas de maior rigor na concepção urbanística foram os planos de construção das novas cidades que os romanos foram fundando em diferentes paragens do seu vastíssimo império.

O traçado das cidades derivou da organização usual dos acampamentos militares.
Caracterizaram-se pelo traçado em retícula das ruas e dos quarteirões, atravessados por duas vias principais, o cardo e o decumano, que se cruzavam em ângulo recto e estavam orientadas de acordo com os pontos cardeais (cardo norte-sul e decumano este-oeste).

No cruzamento destas duas vias principais situava-se o fórum e nas suas extremidades as portas principais da cidade. As termas e os anfiteatros ficavam, geralmente, junto à periferia para um mais fácil abastecimento de água.

Algumas cidades actuais ainda mantêm vestígios deste tipo de planta urbana que viria a ser recuperada muitos séculos mais tarde (a baixa Pombalina na cidade de Lisboa é um exemplo).
Nova Iorque, nos Estados Unidos da América, é outro exemplo.
Outras cidades, descobertas pela arqueologia, comprovam-no com evidência como é o caso de Timgad na Argélia

Significado de Ócio
s.m. O não fazer nada.
Tempo de que se pode dispor; descanso, repouso; vagar.
Preguiça, vadiagem.
Ociosidade. 


Roma 6 - Arquitectura (4) As insulae


A concentração populacional urbana levou ao surgimento das insulae, prédios urbanos destinados a albergar as famílias mais pobres.
A insula era aquilo a que chamamos hoje um prédio onde vivem várias famílias. A plebe romana vivia nas insulae.
Eram baratas, de madeira e tijolos, e caíam e incendiavam-se com facilidade. Houve leis para regular a sua altura.
Tinham lojas no rés-do-chão e quanto mais baixo o andar, mais caro era.

No ano de 64 d.C., no Grande Incêndio de Roma, arderam muitas insulae devido à sua fraca construção. Passaram então, por lei, a ser construídas em cimento para evitar a propagação do fogo.
Estas tinham, em média, 3 a 4 andares mas algumas chegaram a atingir os 8 pisos.
O rés-do-chão era geralmente ocupado por lojas abertas para a rua.
Nos andares superiores uma multiplicidade de pequenos apartamentos (os cenacula) destinavam-se a albergar outras tantas famílias. 

Roma 5 - Arqutectura (3) A domus



A arquitectura privada (habitações) dos romanos divide-se em duas tipologias principais: 
a domus e a insula.
A domus era a residência urbana das famílias abastadas na Roma Antiga.
A planta da domus apresentou algumas variações ao longo dos tempos mas manteve algumas caraterísticas básicas.
A distribuição dos espaços era racional e obedecia a uma lógica que se preocupava com a funcionalidade arquitectónica e com o conforto dos habitantes.
Geralmente a domus tinha apenas um piso (eventualmente dois) e encontrava-se virada sobre si própria pois, normalmente, não tinha aberturas para o exterior além da porta principal.
Os compartimentos organizavam-se em torno de um ou dois pátios interiores (o atrium e o peristilo) pelos quais se fazia a ventilação e a iluminação da casa bem como a circulação das pessoas.
A decoração interior baseava-se em pavimentos de mármore, mosaicos  e paredes de estuque pintadas.
As famílias mais abastadas possuíam variantes das domus situadas fora das cidades, em ambientes rurais:
as villae.

Uma villa corresponde aproximadamente àquilo que actualmente designamos como uma quinta.
O espaço envolvente à villa suportava o sistema de produção agro-pecuário, englobando as seguintes áreas:
O hortus, o jardim, a horta e o pomar;
O ager, campos de culturas;
O saltus, pastagem arborizada, com fins pecuários;
A silva, a área ocupada por floresta.
Na Roma antiga, as villae (singular: villa) eram originalmente as moradias rurais cujas edificações formavam o centro de uma propriedade agrícola. Portanto, era uma propriedade ou residência de campo de um patrício, ou de um plebeu de grandes posses, ou de uma família campestre romana, onde normalmente se centravam as explorações agrárias de maior vulto, embora haja casos de algumas dessas propriedades que não tinham exploração agrícola associada.