Também conhecido como a “Idade de Ouro de Atenas” ou Período Clássico, foi uma época histórica de grande desenvolvimento da cidade de Atenas.
Este período corresponde ao século V a.C. da história
da Grécia Antiga, principalmente aos anos em que Péricles governou
Atenas (de 444 a 429 a.C.).
A partir do século VIII a.C., os gregos formaram as
chamadas pólis, que eram cidades-Estado (cidades autónomas): estas
cidades eram economicamente auto-suficientes (autarquia); tinham uma massa
proporcionada de cidadãos; era nestas cidades que se davam os cultos
cívicos, religiosos e aos heróis e tinham leis próprias.
Neste século, Atenas tornou-se a principal cidade da
Grécia Antiga, pois teve um grande desenvolvimento nas áreas da Política, do
Teatro, das Artes plásticas, da Arquitetura, da Filosofia, da História, da
Literatura, da organização social e do desenvolvimento urbano.
Um dos principais aspetos de Atenas nesta época foi a democracia.
Péricles aperfeiçoou o sistema político implantado pelo
legislador Clístenes no começo do século VI a.C.
Péricles foi eleito para o cargo de estratego (líder
do exército, general) em 460 a. C., cargo que ocupou ao longo de 30 anos por
ter vencido a eleição 15 vezes seguidas.
A nível interno, Péricles procurou consolidar a Democracia.
Preocupou-se também com a reconstrução de Atenas após a
destruição causada pela guerra com os Persas.
O objetivo principal de Péricles era que a democracia
servisse para o benefício do maior número possível de atenienses, tendo
como princípio a igualdade de todos perante a Lei (isonomia).
A nível externo, Péricles procurou assegurar a defesa de
Atenas e outras cidades gregas contra inimigos estrangeiros.
Reforçou o poder da Liga de Delos* da qual foi
presidente. Nessa qualidade beneficiou a cidade de Atenas o que levou ao
crescimento de antigas rivalidades com outras cidades-estado
Esta situação conduziu Atenas à designada Guerra do
Peloponeso com a cidade de Esparta, iniciada em 431 a.C.
Embora a democracia possa ser definida como "o
governo do povo, pelo povo e para o povo", é importante lembrar que o
significado de "governo" e "povo" na Atenas Antiga diferia
daquele que tem nas democracias contemporâneas.
Enquanto a democracia contemporânea em geral considera o
governo um corpo formado por representantes eleitos, e o "povo"
(geralmente) como um conjunto de habitantes de uma nação, os atenienses
consideravam o "governo" como sendo a assembleia (ekklesia)
que tomava decisões diretamente (sem o intermédio de representantes) e o "povo"
(geralmente) como os homens atenienses alfabetizados maiores de idade,
os cidadãos.
As mulheres, os metecos (estrangeiros
residentes nas pólis gregas) e os escravos não faziam
parte da ekklesia.
A escravidão era prática comum e componente
integral da vida na Grécia Antiga, ao longo de toda a sua história,
da mesma maneira que nas demais sociedades antigas.
Estima-se que em Atenas a maioria
dos cidadãos tinha pelo menos um escravo.
A maior parte dos pensadores do período
antigo considerava a escravidão não só como algo natural, mas também
necessário.
Outro ideal interessante e inovador para a época, defendido
por Péricles, era a meritocracia. Para ele, na vida pública, os méritos não
deveriam vir do nascimento ou da riqueza, mas sim das competências
e dos talentos.
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