O
renascimento das cidades criou também uma nova cultura popular, mais
profana e humanista, que se fez notar primeiramente nas cidades. Foi uma
cultura essencialmente oral, gerada nas muitas festas e romarias que nessa
época se organizavam.
A época
gótica conheceu uma suavização dos costumes e das mentalidades, facto para o
qual a Igreja muito contribuiu, instituindo um novo código de cavalaria, que
fazia do guerreiro um paladino da paz e da justiça, em nome de Deus.
Os grandes e
poderosos da época, nobres e eclesiásticos, cultivaram o conforto e o luxo (na
habitação, no vestuário e na mesa) a par do prazer e da diversão.
Praticavam-se
jogos guerreiros (justas, torneios e caçadas), que mantinham a actividade
física e das armas em tempo de paz, e faziam-se saraus nos palácios, com
banquetes, bailes, declamação de poesia, sempre acompanhada por música e
representações teatrais.
Nos meios
cortesãos* começaram a gerar-se novas regras sociais, pautadas por uma
apresentação física mais cuidada e pela maior civilidade e cortesia no falar e
no agir
*Cortesão
adj. e s.m.
Que ou aquele que pertence à corte; palaciano; Adj. Gracioso nas maneiras e
palavras, delicado, elegante. S.m. Aquele que procura agradar com lisonjas e
adulações. / Homem cortês e afável.
Cortesia
s.f.
Maneiras delicadas, urbanidade, civilidade, polidez, afabilidade: receber com
cortesia. / Saudação, cumprimento respeitoso; mesura. // Fazer cortesia com
chapéu alheio, mostrar-se pródigo à custa de outrem.
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