sábado, 23 de maio de 2009

Utopias arquitectónicas


No início do século XX surgiram ideias estranhas sobre a arquitectura. Em Itália, os futuristas, de acordo com o programa do seu Manifesto, procuravam uma nova linguagem que servisse a técnica construtiva e o trânsito, novas tarefas geradas pela revolução industrial.
Centrais eléctricas, gares de comboios, aeroportos e cidades compostas por extraordinários conjuntos de arranha-céus. Praticamente nenhum destes fantásticos projectos foi realizado visto serem demasiado arrojados para a sua época tanto do ponto de vista arquitectónico quanto financeiro.
Os inflamados manifestos futuristas chegaram à Rússia onde iriam influenciar o Construtivismo. O que unia estes dois movimentos era, essencialmente, o entusiasmo pelas possibilidades aparentemente ilimitadas que as novas técnicas construtivas colocavam à disposição dos arquitectos.
Também influenciados pelo Cubismo e pelas ideias do Suprematismo, os arquitectos do Construtivismo russo foram importantes na definição de novos e radicais paradigmas; modelação espacial entendida como espaço livre, edifícios arremessando-se para o alto, elementos construtivos reduzidos a formas e cores básicas, uma arquitectura ao serviço dos ideais revolucionários de modo a que as ruas fossem “uma festa da arte para todos.”
Tal como no Futurismo, também aqui a maioria dos projectos acabou por não passar disso mesmo.
O Expressionismo arquitectónico teve a sua base na Deutscher Werkbund. Usou a arquitectura com o mesmo valor e conceptual da escultura e da pintura. Assim, as formas dos edifícios foram fantásticas, bizarras e expressivas.

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