Procuramos uma narrativa ou, pelo menos, algo que nos permita participar activamente na construção de um significado identificável.
Por vezes as formas fazem sentido.
Outras vezes não fazem lá grande sentido.
Seja como for, perante uma pintura ou uma escultura, dificilmente evitamos a busca do seu significado.
Mas, ao procurarmos o significado do objecto artístico nele próprio, podemos estar apenas a perder o nosso tempo.
O significado do objecto pode ser confuso…
… ou pode não ter (aparentemente) significado nenhum.
Quando andamos assim, meio perdidos perante um objecto plástico, costumamos dizer que se trata de arte abstracta, uma forma simplificada de dizer que não estamos dispostos a fazer grande esforço para perceber o que temos à frente do nariz.
A arte abstracta é muitas vezes vista como a expressão (artística) mais pura por estar, à partida, livre de programas ideológicos.
A arte abstracta tornou-se um símbolo da arte moderna.
Por um lado afirma a autonomia da arte em relação à natureza.
Por outro lado propõe a sintetização da linguagem plástica, valorizando os seus elementos básicos
(ponto, linha, plano, mancha, tom, etc.)
Finalmente a arte pode existir sem objecto.
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