quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

A Cultura do Palácio 5 - Lourenço de Médici, o Magnífico

Lourenço nasceu rico. Os Médici eram uma das famílias mais poderosas da Itália nos séculos XIV a XVI.

Deviam a sua fortuna à boa gestão dos negócios a que se dedicavam: produção artesanal, comércio e transporte de mercadorias a longa distância, câmbio de valores e outras actividades financeiras. Os seus negócios espalhavam-se um pouco por toda a Europa.

A riqueza garantia aos homens nascidos na família Médici um lugar de grande destaque na governação da cidade de Florença.

Florença foi, na época, uma das mais importantes cidades da Europa graças a um ambiente político e social dinâmico e aberto que permitiu um forte desenvolvimento económico e cultural.

Giovanni de Médici, foi o 1º membro da família a fazer  parte do governo de Florença. Foi um banqueiro próspero e generoso mecenas. Morreu em 1429.

Cosimo de Médici, o Velho, sucedeu a Giovanni, seu pai, na gestão dos negócios e no governo da cidade. Foi também um grande mecenas da Florença. Morreu em 1464.

Lourenço foi educado no palácio da família por grandes Humanistas.
Tornou-se um homem culto, eclético, sensível e sofisticado.

Governou Florença com sabedoria e tacto político.
Notabilizou-se pela prosperidade, fama e bem-estar que trouxe à sua cidade.

Desenvolveu uma política cultural notável: atraiu à sua corte poetas, pensadores e artistas; fundou tipografias, criou escolas e bibliotecas; coleccionou livros, obras de arte e objectos raros; estimulou os estudos clássicos; renovou arquitectonicamente a cidade e promoveu inúmeras celebrações particulares e públicas para as quais contratou muitos artistas de variadas artes.

Tendo ele próprio grande inclinação artística foi autor de obras literárias em verso e em prosa, de peças de teatro e de cânticos religiosos.

Apesar da popularidade que alcançou e da prosperidade que proporcionou a Florença, a acção governativa de Lourenço sofreu críticas por parte dos que condenavam a sua política de ostentação e luxo.

“Era alto, forte, quase negro de pele, sem graça e de uma fealdade admirável. (…) Tinha uma boca enormíssima, (…) uma voz rude e desagradável; no entanto a sua eloquência foi sempre decisiva. Apreciava a caça, as corridas de cavalos, os torneios, as festas carnavalescas (…). Interessava-se pela filosofia e pelas belas-artes. Em tudo aquilo em que fixasse a sua atenção, chegava aos primeiros lugares. Possuía o sentimento dos seus valores.”

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