Mosteiro; palavra derivada do grego monasterion que significava,
inicialmente, “lugar para viver sozinho”. Mais tarde veio a designar o conjunto
de edifícios e terras ocupados por comunidades religiosas.
O monaquismo cristão nasceu do século IV, no Oriente, ligado ao
desejo de isolamento, de evasão do mundo profano (fuga mundi),
para uma entrega mais directa a Deus, através do ascetismo.
No Ocidente o monaquismo apareceu mais tarde, nos finais do século V,
por iniciativa dos bispos. A partir dos
séculos VI e VII surgem os primeiros legisladores da vida religiosa comunitária
onde se destaca São Bento de Núrsia.
Os regulamentos (ou Regra) que São Bento escreveu para os seus monges
na Abadia de Montecassino em 529, serviram de modelo para a organização da vida
religiosa comunitária na maior parte dos mosteiros medievais europeus até ao
século XII.
Segundo a Regra de São Bento o mosteiro era “uma escola ao
serviço de Deus”, onde o abade era o pai e mestre dos irmãos e cuja comunidade
tinha por princípios básicos os de obediência, silêncio e humildade.
A 1ª obrigação dos monges é o culto religioso, mas os irmãos possuíam
outros deveres onde a oração alternava com o trabalho (ora et
labora) no scriptorium, nas oficinas e nos campos em horários rigorosamente
estipulados, desde o nascer do dia ao pôr do Sol.
Seguindo o ideal ascético da fuga mundi, os mosteiros medievais
estavam quase todos instalados em zonas isoladas, no alto de montanhas, em
vales isolados ou escondidos entre as árvores das florestas.
Eram concebidos como pequenos mundos autónomos e auto suficientes,
virados para o seu interior e fechados ao exterior.
Os mosteiros tornaram-se centros dinamizadores da economia e de
produção cultural na teologia, nas letras e nas ciências.
Os mosteiros exerceram um importante papel civilizacional.
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