O período
que vamos analisar é designado por Renascimento.
Esta designação
foi sobretudo utilizada pelos historiadores do século XIX para ilustrar a evolução das
mentalidades e da cultura europeia na transição da Idade Média para a Idade
Moderna.
Idade
Moderna:
Período da
História que sucede à Idade Média. Convencionalmente começa com a queda do Império Bizantino (Império
Romano do Oriente) em 1453 e termina com a Revolução Francesa em 1789.
Esta
revolução caracterizou-se pela passagem progressiva de um pensamento
teocêntrico, característico da Idade Média, para uma mentalidade
antropocêntrica.
A transição
da cultura medieval para a moderna é frequentemente vista como a passagem de
uma perspectiva filosófica e cultural centrada em Deus
(teocentrismo) a uma outra, centrada no homem (antropocentrismo).
Esta
transição (teocentrismo/antropocentrismo) resultou de uma renovada crença do
Homem nas suas capacidades.
Esta
transformação deveu-se à redescoberta do espírito crítico característico
da Antiguidade Clássica o que conduziu o pensamento europeu para um
crescente racionalismo.
O racionalismo é
uma corrente filosófica que se caracteriza pela definição
do raciocínio como uma operação mental, discursiva e lógica, que
dá prioridade à razão como o caminho para se alcançar a verdade.
Verificou-se
uma crescente curiosidade e vontade de saber o que gerou, nas ciências, as
bases do conhecimento científico moderno baseado na experiência e na
verificação de resultados.
Na arte
desenvolveu-se o gosto pela representação do ser humano e da paisagem através
do realismo técnico e da pormenorização.
Surgiu uma
concepção mais pragmática e profana da
vida, que valorizou o Humanismo e o Individualismo.
Humanismo
– Movimento cultural renascentista (filosófico, literário e artístico) que se
interessa fundamentalmente pelo Ser Humano; valoriza as suas características e
potencialidades.
Individualismo
– corrente doutrinal e prática que defende, para cada ser humano, a concretização das suas características
próprias e valoriza o papel do indivíduo na evolução das sociedades e da
História.
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