Dioniso, o
que nasceu duas vezes, viu o ditirambo, que lhe era dedicado, originar duas
formas
teatrais distintas: a tragédia e a
comédia.
Em meados do século V a. C. a tragédia e a
comédia tinham conquistado espaços diferentes.
A tragédia pegava no antigo e no remoto, nos
deuses e nos heróis.
O espectador podia ver-se numa versão
ampliada de si próprio em conflito com as grandes questões do tempo e do
destino.
A tragédia era a visão de acontecimentos
distantes no tempo.
A comédia era o espelho do presente.
A tragédia punha em cena o que nunca fora nem
poderia ter sido visto, na comédia representava-se o acontecimento comum, a
experiência quotidiana.
O velho tagarela, o soldado presumido, a
cortesã vaidosa, o jovem grosseiro e presunçoso, eram todos personagens tão
vulgares que os gregos tendiam a não lhes prestar atenção.
A comédia tornava estas personagens risíveis.
As máscaras utilizadas na comédia deformavam
o corpo dos atores de maneira a acentuar o ridículo da personagem como se o
aspeto correspondesse à alma.
A tragédia tinha tendência para mostrar os
homens melhores do que eram.
A comédia, segundo Aristóteles, dava “uma
imagem dos homens pior do que a real; pior não em relação a um conjunto de
defeitos, mas em relação a um fator específico, o ridículo, que é uma
variante do repugnante.”
Significado
de Ridículo
adj. Digno de riso, merecedor de escárnio ou
zombaria, que se presta à exploração do lado cómico, irrisório, risível:
situação insólita.
Que tem pouco valor; insignificante, irrisório: quantia ridícula.
Que tem pouco valor; insignificante, irrisório: quantia ridícula.
S.m. Pessoa ridícula.
O que há de ridículo numa pessoa, coisa ou situação: temer o ridículo.
O ato pelo qual se expõe alguém a ridículo; discurso ou palavras com que se ridiculariza; escárnio, zombaria.
Maneira ridícula de ser ou proceder.
Expor (ou meter) a ridículo (pessoa ou coisa), apresentá-la de modo a provocar o riso ou o escárnio dos outros.
Prestar-se (ou dar-se) ao ridículo, falar ou proceder de modo que provoque o riso ou a zombaria.
O que há de ridículo numa pessoa, coisa ou situação: temer o ridículo.
O ato pelo qual se expõe alguém a ridículo; discurso ou palavras com que se ridiculariza; escárnio, zombaria.
Maneira ridícula de ser ou proceder.
Expor (ou meter) a ridículo (pessoa ou coisa), apresentá-la de modo a provocar o riso ou o escárnio dos outros.
Prestar-se (ou dar-se) ao ridículo, falar ou proceder de modo que provoque o riso ou a zombaria.
Significado
de Repugnante
adj. Que provoca repulsa; que ocasiona
repugnância.
Que causa asco; nojento ou asqueroso.
Figurado. Que é se opõe aos preceitos morais; revoltante.
(Etm. do latim: repugnante)
Que causa asco; nojento ou asqueroso.
Figurado. Que é se opõe aos preceitos morais; revoltante.
(Etm. do latim: repugnante)
As comédias de Aristófanes (chegaram até nós 11
dos seus trabalhos) caracterizam-se por uma extraordinária crítica social. Mas
a consciência social nunca o fez esquecer o seu objetivo principal enquanto
autor de comédias: fazer rir.
Aristófanes parodiou nas suas comédias
tiranos, generais, políticos, juízes, tragediógrafos, jovens, velhos, homens e
mulheres, num exercício de liberdade de expressão que ainda hoje é digno de
admiração.
Bibliografia: Molinari, Cesare,
História do Teatro, Ed. 70; Ferry, Luc, A Sabedoria dos Mitos, Círculo de
Leitores; Boorstin, Daniel, Os
Criadores, Uma história dos heróis da imaginação, Gradiva; Castiajo, Isabel, O Teatro Grego em
Contexto de Representação, Imprensa da
Universidade de Coimbra;
Internet: Wikipédia; http://faroldasletras.no.sapo.pt/frls_elementos_da_tragedia.htm; http://www.cesargiusti.bluehosting.com.br/Apoio/tragrega.htm;
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