domingo, 15 de junho de 2008

Casos Práticos 3- DQ. DON QUIJOTE


Como designar os espectáculos do grupo catalão La Fura dels Baus? A dificuldade em catalogar o género artístico da produção do grupo levou ao surgimento da palavra "furera" para significar a linguagem expressiva desenvolvida pelos Fura dels Baus.

O Caso Prático 3, apresentado nas páginas 24, 25 e 26 da 1ª Parte do manual de História da Cultura e das Artes, é um dos muitos espectáculos produzidos pelos Fura dels Baus, DQ. DON QUIJOTE.

As características específicas do trabalho dos Fura é, mais ou menos, comum a todas as suas produções. Mistura de diferentes técnicas de comunicação (música, teatro, cinema, vídeo, dança, sei lá que mais!) combinadas num objecto cénico único. Procurando uma linguagem universal (o sonho de qualquer artista), os Fura preferem apostar na combinação de som e imagem em movimento, reduzindo frequentemente o texto ao mínimo (quando não o suprimem totalmente). Os seus espectáculos costumam ser chocantes e violentos, colocando a expressividade do gesto e do corpo humano em plano de grande destaque.


Este vídeo diz respeito a um outro espectáculo dos Fura dels Baus, Imperium. É uma nota de reportagem falada em catalão e espanhol mas penso que se compreende perfeitamente aquilo que é dito. Repara na forma como o público é trazido para o interior do objecto artístico e, como diz o entrevistado, é levado a VIVER a acção.
Todas estas características conferem ao trabalho dos Fura dels Baus uma série de qualidades que associamos ao objecto de arte contemporâneo: fusão de linguagens e "camadas" diferentes sobre um único suporte, variedade de leituras possíveis e implicação directa do espectador na criação final do objecto artístico.

7 comentários:

José Louro disse...

A imagem do cabeçalho é soberba.
Não li tudo, mas fui ao «seculoprodigioso».
Abraço.

MARTHA THORMAN VON MADERS disse...

Belo blog, vim por aqui,senti magia no ar.adorei!

Silvares disse...

Obrigado pela visita José. A pintura do cabeçalho é de Mark Tansey, um tipo com um humor espectacular e algumas pinturas que fazem pensar as pedras da calçada.

Martha, este blogue é um tanto parado. Um ou dois posts por mês e é tudo. Mas tento fazer com que sejam posts com substância e algum interesse. Obrigado pela sua visita.

José Louro disse...

Caro Silvares
Sim começei os meus caderninhos no mestrado em Desenho que tirei nas Belas Artes. Desde 2003.
Abraço.

Só- Poesias e outros itens disse...

Uma revolução, shows imperdíveis.
Estiveram em S.P. e foi um arrasso.
Há quem ame ou odeia, assim como nem todo mundo gosta de Sopa.
bjs.



JU Gioli

indigente andrajoso disse...

já tive oportunidade de ver umas 4 ou 5 peças deles...

entretanto nunca mais vieram cá, a não ser no festival da sardinha no mês passado, mas isso conta pouco...

Laura Peixoto disse...

Vi em Porto Alegre. Pirei.
Muito bom. O texto tb.