Durante o
Renascimento o teatro europeu deixou de ser quase exclusivamente de inspiração
religiosa como aconteceu ao longo da Idade Média.
Assumiu-se
cada vez mais como "teatro popular", mas já mais
"profissionalizado", com a comédia separada da tragédia e com os
autores a ganharem importância e independência criativa.
A comédia
ganhou novo alento na Itália, graças à influência do folclore, assistindo-se ao
apogeu da commedia dell´arte que viria a influenciar vários autores
por toda a Europa.
O teatro
"nacional" desenvolveu-se, principalmente em Inglaterra e Espanha,
evocando as memórias antigas e os feitos e grandezas do passado, misturando o
mundo da cavalaria com os clássicos da Antiguidade redescobertos. Isso mesmo
pode ver-se em Shakespeare, um autor do seu tempo e dos tempos antigos, com o
seu Falstaff, por exemplo.
Falstaff ou
'Sir John Falstaff' é uma personagem cómica criada por William
Shakespeare, presente em várias de suas peças. Falstaff é um fanfarrão e um
boémio. Em Henrique V, Falstaff é um dos amigos de adolescência do
rei que, após a ascensão de Henrique ao trono, acaba por ser desrespeitado e
abandonado pelo monarca. Triste e abatido, acaba por morrer numa taverna junto
a antigos amigos.
Os adros das
igrejas eram entretanto substituídos por novos "palcos", mais
profanos, mais concorridos e com públicos mais diversificados: da estalagem às
praças, das feiras aos salões reais.
Aparecem as
companhias, os géneros, os guarda-roupas e cenários, e até lucro com os
bilhetes das peças, por via de investimentos importantes, mecenato ou protecção
de actores particulares (por reis, famílias nobres...).
Sem comentários:
Enviar um comentário