O adjetivo
"Romantic" é de origem inglesa, e deriva do substantivo
"romaunt", de origem francesa ("roman" ou "romant"),
que designava os romances medievais de aventuras.
Depois a palavra
generalizou-se e passou a designar tudo aquilo que evocava a atmosfera desses
romances (cavalaria e Idade Média, em geral).
Dom Quixote
de la Mancha é um livro escrito
pelo espanhol Miguel de Cervantes y Saavedra (1547-1616).
D. Quixote é
uma paródia aos romances de cavalaria que gozaram de imensa
popularidade.
Nesta obra,
a paródia apresenta uma forma invulgar.
O
protagonista entrega-se à leitura desses romances, perde o juízo, acredita que
tudo aquilo aconteceu, de facto, e decide partir à aventura.
Assim, parte
pelo mundo para viver o seu sonho: tornar-se um cavaleiro andante.
Enquanto
narra os feitos do Cavaleiro da Triste Figura, Cervantes satiriza as histórias
fantasiosas daqueles heróis.
A história é
apresentada sob a forma de novela realista.
Em Maio de
2002, o livro foi escolhido como a melhor obra de ficção de todos os tempos.
A
substituição das monarquias absolutas (apoiadas pela igreja) por uma nova
ideia, a do estado-nação, vai ganhando forma na Europa depois da Revolução
Francesa.
O Romantismo
irá contribuir para a afirmação deste novo conceito sociopolítico, que marca a
ascensão da burguesia enquanto classe social, através da criação de um
imaginário que justifique os ideais nacionalistas.
A
recuperação do passado (medievalismo) e do imaginário popular (folclore) são
ferramentas importantes na construção das novas identidades nacionais
europeias.
Medievalismo:
Há um grande
interesse dos artistas do romantismo pelas supostas origens do seu país, do seu
povo.
Procuram
numa Idade Media ficcionada alguns valores fundamentais para assim criarem uma
identidade comum que justifique a existência e a fidelidade a uma nação ideal.
O herói
romântico é um paladino que luta sempre do lado do Bem e da Justiça, protege os
fracos e os oprimidos, castiga os malvados sem dó nem piedade.
Algumas
ideias feitas sobre o Romantismo:
Subjetivismo:
O artista do
romantismo quer retratar na sua obra uma realidade interior e parcial. Trata os
assuntos de uma forma pessoal, de acordo com o que sente, aproximando-se da
fantasia.
Idealização:
Motivado
pela fantasia e pela imaginação, o artista do romantismo passa a idealizar
tudo; as coisas são por ele interpretadas segundo uma óptica pessoal.
Assim:
a pátria é
sempre perfeita;
a mulher é
vista como virgem, frágil, bela, submissa e inatingível;
o amor é
quase sempre espiritual e inalcançável.
Sentimentalismo
ou saudosismo:
No
romantismo exaltam-se os sentidos e tudo o que é sugerido de forma impulsiva.
Certos sentimentos como a saudade (saudosismo), a tristeza, a nostalgia e a
desilusão são constantes na obra romântica.
O conceito
de sublime na arte é valorizado.
Diante de
uma tempestade ou de uma sinfonia de Beethoven, o sentimento seria da
ordem do sublime, mais que do belo.
Nascido da
vontade de exprimir o inexprimível, o gosto pelo sublime prevalece sobre
o gosto pelo belo.
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