No período que designamos por Cultura do Palco (séculos XVII
e XVIII, na Europa) vão desenvolver-se principalmente dois géneros de linguagem
artística: o Barroco e o Rococó.
A igreja Católica, abalada pelas divisões religiosas
provocadas pelos movimentos protestantes ao longo do século XVI, procurou
reforçar a sua imagem através de uma forte disciplina interna.
No Concílio de Trento (1545-1563) a igreja Católica renegou
o Protestantismo e reafirmou os seus dogmas doutrinais dando início à
Contra-Reforma.
A Contra-Reforma pretendeu restabelecer, junto das
comunidades, a imagem de uma igreja forte e gloriosa. A arte foi um dos meios
utilizados para promover essa imagem de poder e glória!
A arte Barroca irá desempenhar esse papel propagandístico
num período histórico que é actualmente designado por Antigo Regime.
O Antigo Regime foi um período marcado pela centralização
política que veio a culminar, nos finais do século XVI, com o Absolutismo régio
de origem divina (o Rei tem poder absoluto e esse poder é-lhe conferido por
Deus).
O Absolutismo consiste, basicamente, na concentração de
poder nas mãos de uma única pessoa, o Rei.
Este poder absoluto é suportado por uma aparelho de estado
cada vez mais complexo e centralizado. O Rei e os seus acólitos tudo vigiam,
tudo controlam e tudo subjugam à sua vontade, supostamente a vontade de Deus.
Estruturas fechadas e dominadoras, a igreja Católica e o
estado Absolutista impuseram a obediência à ordem estabelecida recorrendo a
processos frequentemente violentos e duramente repressivos (a Inquisição e as
polícias política).
Uma das intenções básicas do Absolutismo era a estabilidade
do regime social, mantendo uma sociedade de ordens onde as mudanças eram
rigidamente limitadas pela lei.
As criações intelectuais (as artes plásticas, a literatura,
a criação científica) serão utilizadas como forma de propaganda fazendo passar
para as massas populares o discurso ideológico dominante.
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