quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

A Cultura do Cinema - 4 - O tempo das Vanguardas

A cada época corresponde uma sensibilidade artística particular.
O período entre o final do século XIX e o início do século XX foi tempo de transformações extraordinárias nas sociedades ocidentais.

Também no campo das artes as transformações foram numerosas e, muitas vezes, desconcertantes e inesperadas.

É o período das Vanguardas Artísticas que irão encontrar espaço de expressão em todas as formas criativas.

As diferentes vanguardas possuem um traço comum: a vontade de inovar.
Cada grupo vanguardista pretende encontrar uma forma de expressão que seja adequada ao tempo que é vivido.
Através da publicação de manifestos e revistas, os artistas procuram explicar as suas propostas transformadoras.

Kandinsky é considerado o inventor da arte abstracta.
Ele encarou a pintura enquanto harmonia de cores e formas, algo independente do mundo real. As regras da pintura não estão de acordo com as regras do mundo real. A pintura busca uma expressão de pureza.

Estabelece-se a ideia de que a arte pertence a uma dimensão intelectual e obedece a regras e princípios próprios pelo que não tem de imitar, obrigatoriamente, a natureza.
A arte não tem de copiar o mundo que nos rodeia.

Durante a 1.ª Guerra Mundial surgiu, na Suiça, um movimento vanguardista que se auto intitulou Dada.

O principal problema de todas as manifestações artísticas estava, segundo o pensamento Dada, em querer alcançar algo impossível: a explicação do ser humano.

Uma das propostas mais radicais que resultaram do dadaísmo seria a de que cabe ao espectador validar o objecto artístico.


O objecto artístico completa-se no espectador.

O espectador é a fonte do conhecimento e da fruição artística.

Todos nós sabemos que a arte não é a verdade. A arte é uma mentira que nos ensina a compreender a verdade, pelo menos aquela verdade que nós, como seres humanos, somos capazes de compreender.

Picasso

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