A cada época corresponde uma sensibilidade artística
particular.
O período entre o final do século XIX e o início do século
XX foi tempo de transformações extraordinárias nas sociedades ocidentais.
Também no campo das artes as transformações foram numerosas
e, muitas vezes, desconcertantes e inesperadas.
É o período das Vanguardas Artísticas que irão encontrar
espaço de expressão em todas as formas criativas.
As diferentes vanguardas possuem um traço comum: a vontade
de inovar.
Cada grupo vanguardista pretende encontrar uma forma de
expressão que seja adequada ao tempo que é vivido.
Através da publicação de manifestos e revistas, os artistas
procuram explicar as suas propostas transformadoras.
Kandinsky é considerado o inventor da arte abstracta.
Ele encarou a pintura enquanto harmonia de cores e formas,
algo independente do mundo real. As regras da pintura não estão de acordo com
as regras do mundo real. A pintura busca uma expressão de pureza.
Estabelece-se a ideia de que a arte pertence a uma
dimensão intelectual e obedece a regras e princípios próprios pelo que não
tem de imitar, obrigatoriamente, a natureza.
A arte não tem de copiar o mundo que nos rodeia.
Durante a 1.ª Guerra Mundial surgiu, na Suiça, um movimento
vanguardista que se auto intitulou Dada.
O principal problema de todas as manifestações artísticas
estava, segundo o pensamento Dada, em querer alcançar algo impossível: a
explicação do ser humano.
Uma das propostas mais radicais que resultaram do dadaísmo
seria a de que cabe ao espectador validar o objecto artístico.
O objecto artístico completa-se no espectador.
O espectador é a fonte do conhecimento e da fruição
artística.
Todos
nós sabemos que a arte não é a verdade. A arte é uma mentira que nos ensina a
compreender a verdade, pelo menos aquela verdade que nós, como seres humanos,
somos capazes de compreender.
Picasso
Sem comentários:
Enviar um comentário