segunda-feira, 26 de setembro de 2016

A Cultura da Gare: 1- Tempos de mudança

Durante séculos, desde a queda do Império Romano, a Europa assistiu ao estabelecimento de um regime apoiado em dois pilares: a Igreja (o cristianismo) e a monarquia (até ao absolutismo).

Este estado de coisas veio ser posto em causa com as grandes revoluções do final do século XVIII (Revolução Americana e Declaração da Independência; Revolução Francesa e Revolução Industrial) que tiveram o cunho de uma nova classe social em ascensão: a burguesia.

A revolução Francesa desenvolveu-se até culminar na ascensão ao poder de Napoleão Bonaparte que mais tarde viria a declarar-se Imperador.

Ao longo dos primeiros anos do século XIX os exércitos napoleónicos envolveram-se em numerosas guerras tendo conquistado uma parte significativa do território europeu.
Napoleão viria a ser derrotado na batalha de Waterloo, na Bélgica, em 1815. Esta última derrota marca o fim definitivo do sonho imperial napoleónico.

A guerra da França liberal e revolucionária havia assustado os países absolutistas: Prússia, Rússia e Áustria-Hungria. Foram estas potências que formaram a Santa Aliança, responsável pela derrota de Napoleão em Waterloo.


Estas potências organizaram o Congresso de Viena (1814-1815) onde os monarcas se comprometeram na defesa comum da monarquia e da religião contra qualquer tentativa revolucionária de alterar as forças tradicionais do continente europeu. 

Foi em Viena que desenharam novas fronteiras, dividindo entre si partes do império napoleónico, anexando vastos territórios de forma autoritária sem terem em conta as aspirações nacionalistas dos povos subjugados.

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