Uma
vaga revolucionária iniciou-se em 1830 em França,
com o levantamento que ficou conhecido como a Revolução
dos Três Dias Gloriosos. As revoluções liberais alastraram pela Europa: a Bélgica libertou-se da Holanda e houve tentativas (fracassadas) de
unificação da Alemanha e da Itália e de libertação da Polónia que havia sido anexada pelo
império russo. O movimento teve também posteriores repercussões em Portugal e Espanha.
A pequena burguesia e o operariado foram as forças que
estiveram na origem destas revoluções contra a alta burguesia, a aristocracia
conservadora e o poder político instituído cuja finalidade consistia em manter
e fortalecer o grande capital, os impérios coloniais utilizando a força e a repressão
para alcançar os seus objectivos.
Graças à invenção da máquina a vapor, a produção de
mercadorias aumentou e os lucros dos burgueses donos de fábricas cresceram
muito.
As fábricas espalharam-se rapidamente e provocaram mudanças
profundas. O modo de vida e a mentalidade de milhões de pessoas
transformaram-se .
O mundo novo do capitalismo, da cidade, da tecnologia e da
mudança incessante triunfou.
O crescimento das cidades, potenciado pela revolução
industrial, fez com grandes parcelas das populações tivessem migrado dos campos
para as cidades em busca de melhores condições de vida.
Os
camponeses vieram trabalhar para as fábricas tornando-se operários. Estas
grandes massas de trabalhadores assalariados deram origem a uma força social
que viria a ser muito importante: o proletariado.
Proletariado é a classe social mais baixa que se formou
dentro das sociedades industrializadas.
Proletariado é a classe dos proletários, os
operários, constituída por indivíduos que se caracterizam pela sua condição
permanente de assalariados e pelos seus modos de vida e atitudes decorrentes de
tal situação.
A palavra proletário teve origem entre os romanos, para
descrever o cidadão pobre que só era útil à República para gerar “prole”
(filhos), que no futuro iria servir a Pátria. No século XIX, a palavra
proletariado passou a ser usada para identificar a classe sem propriedade,
a classe que não possuía meios de produção capazes de gerar o seu sustento,
precisando de vender a sua força de trabalho para aqueles que possuíam os meios
de produção.
O proletariado sobrevivia em condições miseráveis
distinguindo-se dos escravos apenas por receber pequenas quantias em troca do
seu trabalho.
O proletariado era profundamente explorado nos
salários, nos horários de trabalho, na falta de segurança e de higiene, tanto
nas fábricas como nas suas habitações.
Não havia apoio na velhice nem na doença. As mulheres e as
crianças eram contratadas com salários ainda mais miseráveis que os dos homens.
Com o passar do tempo os operários adquiriram consciência de
classe e organizaram-se em associações sindicais com a finalidade de lutarem
pelos seus interesses.
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