Lourenço
nasceu rico. Os Médici eram uma das famílias mais poderosas da Itália nos
séculos XIV a XVI.
Deviam a sua
fortuna à boa gestão dos negócios a que se dedicavam: produção artesanal,
comércio e transporte de mercadorias a longa distância, câmbio de valores e
outras actividades financeiras. Os seus negócios espalhavam-se um pouco por
toda a Europa.
A riqueza
garantia aos homens nascidos na família Médici um lugar de grande destaque na
governação da cidade de Florença.
Florença
foi, na época, uma das mais importantes cidades da Europa graças a um ambiente
político e social dinâmico e aberto que permitiu um forte desenvolvimento
económico e cultural.
Giovanni de
Médici, foi o 1º membro da família a fazer
parte do governo de Florença. Foi um banqueiro próspero e generoso
mecenas. Morreu em 1429.
Cosimo de
Médici, o Velho, sucedeu a Giovanni, seu pai, na gestão dos negócios e no
governo da cidade. Foi também um grande mecenas da Florença. Morreu em 1464.
Lourenço foi
educado no palácio da família por grandes Humanistas.
Tornou-se um
homem culto, eclético, sensível e sofisticado.
Governou
Florença com sabedoria e tacto político.
Notabilizou-se
pela prosperidade, fama e bem-estar que trouxe à sua cidade.
Desenvolveu uma política cultural notável: atraiu à sua
corte poetas, pensadores e artistas; fundou tipografias, criou escolas e
bibliotecas; coleccionou livros, obras de arte e objectos raros; estimulou os
estudos clássicos; renovou arquitectonicamente a cidade e promoveu inúmeras
celebrações particulares e públicas para as quais contratou muitos artistas de
variadas artes.
Tendo ele próprio grande inclinação artística foi autor de obras
literárias em verso e em prosa, de peças de teatro e de cânticos religiosos.
Apesar da popularidade que alcançou e da prosperidade que
proporcionou a Florença, a acção governativa de Lourenço sofreu críticas por
parte dos que condenavam a sua política de ostentação e luxo.
“Era alto, forte,
quase negro de pele, sem graça e de uma fealdade admirável. (…) Tinha uma boca
enormíssima, (…) uma voz rude e desagradável; no entanto a sua eloquência foi
sempre decisiva. Apreciava a caça, as corridas de cavalos, os torneios, as
festas carnavalescas (…). Interessava-se pela filosofia e pelas belas-artes. Em
tudo aquilo em que fixasse a sua atenção, chegava aos primeiros lugares.
Possuía o sentimento dos seus valores.”
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